DREX
Em nível global, o impacto da tecnologia no mercado financeiro foi marcado pelo advento de outra estrutura digital: as criptomoedas. A cripto pioneira neste seguimento, a Bitcoin, ganhou tamanha notoriedade que hoje é parâmetro para conversão cambial. O novo movimento adquiriu uma fatia significativa de investidores e usuários, fazendo com que os grandes Bancos Centrais mundiais entrassem no jogo para minimizar os efeitos de um mercado descentralizado, com custos e taxas inferiores aos tradicionais e acessível em qualquer horário, de qualquer lugar.
O mercado financeiro tem se transformado em velocidade acelerada. Você lembra a última vez que abriu um crediário ou ouviu falar em cheque pré-datado e cruzado? Com o avanço das instituições financeiras totalmente digitais, os instrumentos físicos utilizados para realizar pagamentos estão migrando, dia após dia, para formatos digitais. Entretanto, a famosa pergunta que escutamos nos caixas e terminais de pagamento, acompanhará a nossa rotina por tempo indeterminado.
É possível notar que após o questionamento: “É por aproximação?”, no lugar de retirar um cartão magnético da carteira, o telefone celular é retirado do bolso e é aproximado do dispositivo de leitura, que finaliza o processo em instantes. O fato se deve à tecnologia NFC implantada nos smartphones, que é a mesma tecnologia utilizada nos cartões magnéticos, os quais me arrisco a dizer que estão com os dias contados. Não podemos esquecer do pagamento via PIX, que em pouco tempo tornou-se tão comum, fazendo assim esquecer que antes precisávamos esperar 24h para que o depósito ou transferência caísse na nossa conta.
A revolução neste cenário não tem data final. Agora, chegou a vez do Brasil e do Real marcar território com um mecanismo que tem nome e data de nascimento. Anteriormente denominado Real Digital, a criptomoeda brasileira “DREX” foi criada pelo Banco Central e será lançada em maio de 2024.
Por isso trazemos, em primeira mão e com linguagem clara e fácil, as principais informações sobre o tema. A partir deste artigo, abordaremos outros assuntos da atualidade para que você, leitor, mande bem nas conversas com os amigos ou mesmo no ambiente de trabalho.
O que significa DREX?
O nome “Drex” é uma combinação de palavras: “digital”, “real”, “eletrônica”, e conta com um toque de modernidade no “X”, que também faz referência ao Pix.
O que é o DREX?
É o Real no mundo digital. Diferentemente da nota física, que você guarda na carteira, esse dinheiro será armazenado em sistemas virtuais, que utilizam criptografia que, por sua vez, são mecanismos de segurança.
Hoje, o Banco Central brasileiro só emite dinheiro em notas e moedas em espécie. Mesmo que o dinheiro esteja no “Internet Banking”, a versão física que o montante corresponde, está no cofre do banco onde está depositado. Com a criação do Drex, a instituição passa a emitir dinheiro também em formato virtual, colocando em circulação moedas que nunca foram e nunca serão impressas. Pelo menos a proposta é essa.
DREX e PIX: Qual a diferença?
O Pix já é um velho conhecido que utilizamos para pagar contas e transferir dinheiro no dia a dia. Embora a gente não veja ou toque no dinheiro, ele existe. Já o DREX, é uma moeda digital criada para tornar as operações financeiras mais seguras e ágeis.
Qual o maior benefício do DREX?
Dentre os já divulgados pelo Banco Central, a transparência tem potencial para ser um grande benefício para a sociedade. Hoje, quem fiscaliza as operações bancárias é o próprio Banco Central, que é uma entidade independente do governo, mas que opera sob supervisão dele e é ligado diretamente do Ministério da Economia. Ele registra a movimentação da moeda e fiscaliza o registro feito pelos bancos.
Já no mercado digital, o registro é feito por uma Blockchain, que é um sistema dividido em blocos, que registra as movimentações. A diferença é que o registro é feito diretamente pela pessoa no “bloco”, e não passa pelo banco intermediador ou Banco Central.
A proposta fica mais interessante por ser pública e disponível para todos. Isso mesmo. Acredito que seja o primeiro para que o termo “quebra do sigilo bancário” caia em desuso, igual ao cheque.
Este modelo já é utilizado nas transações com criptomoedas disponíveis no mercado financeiro mundial.
Qual o valor de 1 DREX?
A melhor parte é que 1 DREX equivale a 1 real. Ambos têm o mesmo valor, com a única diferença de que o DREX existe apenas no mundo virtual.
Real Digital versus DREX: são a mesma coisa?
Pode ficar tranquilo, são conceitos idênticos. Antes de receber o nome Drex, essa moeda já foi chamada de “real digital”. Em essência, ambos representam o mesmo valor, com um nome mais atual.
Quando o DREX estará disponível para a população?
Ainda precisamos esperar um pouco. O Drex encontra-se em fase de testes até maio de 2024. Durante esse período, especialistas estão avaliando o programa e a segurança da rede.
Quem poderá utilizar o DREX?
Assim como o Pix, o Drex estará acessível a qualquer pessoa que possua uma conta bancária. Entretanto, as operações iniciais serão focadas em grandes volumes de dinheiro e para compra de títulos públicos. Para comprar um imóvel, por exemplo, a transação será via DREX. As transações de valores menores continuarão a serem feitas mesma forma como já acontece. Compras e pagamentos do dia a dia, terão o PIX como principal instrumento.
Em resumo, o Drex está chegando para simplificar e modernizar nossas operações financeiras. Ele não substituirá o que já temos, mas oferecerá uma opção adicional para aqueles que desejam tornar suas transações financeiras mais eficientes e seguras. Estamos prestes a entrar em uma nova era financeira, e o DREX é parte fundamental dessa evolução. Resta aguardar para ver como essa história se desenrolará.